METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO


Professor Teodoro Melo

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Trata-se de um estudo sobre um tema especifico ou particular, com suficiente valor
representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só
em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a
que se destinam. (SALOMAN 1999).
“é A Universidade Moderna que tem a dupla missão de formar  o individuo e dar-lhes
condições de incorporar-se aos quadros sociais, como autêntico integrante da época.
Enquanto a Universidade não cumprir sua missão, teremos produção cientifica precária e a
existência dos “anfíbios profissionais” e seus eternos descontentes com sua sorte”
(SALOMAN, 1999).
O Método Cientifico é a estratégia que organiza e orienta a atividade cientifica,
encaminhando à obtenção de um novo conhecimento cientifico que transforme a
realidade.(SALOMON, 1999 apude M.L.Garcia, 1995).
METODOLOGIA CIENTIFICA – é a disciplina que confere os caminhos necessários
para o auto –aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a
sistematizar o conhecimento obtido. Estuda os métodos científicos sob os aspectos
descritivos e da análise reflexiva. Ao abordar o processo científico, a Metodologia da
Ciência, além de descrever o que são os métodos indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo,
inclui outros procedimentos que levam a formulação  da hipóteses, elaboração de leis,
explicações   de leis, explicações e teorias  cientificas, fazendo também uma análise crítica
deles.
MÉTODO INDUTIVO – A indução leva a conclusões de caráter geral, a partir de casos
particulares.
MÉTODO DEDUTIVO – é o Silogismo, que a partir de duas proposições  chamadas
premissas, retira uma terceira chamada conclusão.
A palavra Metodologia vem do Grego:

META - que significa ao largo, caminho;
LOGOS - discurso, estudo.
OBS: Todas as palavras em língua estrangeira escreve-se em Itálico, exceto:
- Palavras que já foram incorporadas à língua portuguesa,
- Nomes Próprios e
- Siglas.    A Metodologia consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando
suas limitações ou não em nível das implicações de suas atualizações.
A Metodologia em nível aplicado examina e avalia as técnicas, bem como a geração ou
verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento de informações
Com vistas à resolução de problemas de investigação.
MÉTODO – visão abstrata da ação;
METODOLOGIA – visão concreta da operacionalização.
LEITURA ANALÍTICA
A Leitura Analítica é um Método de Estudo que tem como objetivos:
- Favorecer a compreensão global do significado texto;
- Treinar para a compreensão e interpretação crítica do texto;
- Auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;
- Fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, no
estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos;
- Na confecção de resumos, resenhas, relatórios, etc.
Seus processos básicos são os seguintes:
1 – Análise Textual: preparação do texto, trabalhar sobre unidades delimitadas (um
capítulo, uma seção, uma parte, etc., sempre um trecho como um pensamento
completo);
- fazer uma leitura rápida e atenta da unidade para adquirir uma visão de conjunto
da mesma:
- levantar esclarecimentos relativos ao autor, ao vocabulário especifico, aos fatos,
doutrinas e autores  citados, que sejam importantes para a compreensão da
mensagem;

- esquematizar o texto, evidenciando sua estrutura redacional.
2 – Análise Temática – Compreensão da mensagem do autor, fazer linha de raciocínio
do autor e reconstruir um processo lógico e evidenciar a estrutura lógica do texto,
esquematizando a seqüência  das idéias. (Tema, Problema, Tese, Raciocínio, Idéias
Secundárias);
3 – Análise Interpretativa – Interpretação da mensagem do autor (Situação Filosófica e
influências, Pressupostos, Associação de idéias e Crítica );
4 – Problematização – Levantamento e discussão de problemas relacionados com a
mensagem do autor. 5 – Reelaboração da mensagem com base na reflexão pessoal.
ASPECTOS TÉCNICOS DA REDAÇÃO
Contém as seguintes partes:
• Capa
• Página de rosto
• Página de dedicatória
• Sumário
Lista de tabelas e figuras
• Núcleo de trabalho
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
• Apêndices e anexos
• Bibliografias
• Capa final.
A FORMA GRÁFICA DO TEXTO
Os trabalhos são digitados em folhas de papel A-4 , tamanho A4.
  Margem superior:  2,5 cm
   Margem inferior:  2,5 cm
  Margem esquerda: 3,0 cm
• Margem direita:      1,5 cm
OBS: As redações de PGEEL possuem normas próprias que podem ser encontradas na
própria PG.
O resumo é uma apresentação concisa e freqüentemente seletiva do texto, destacandose os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor
da obra.
A finalidade do resumo consiste na difusão das informações contidas em livros, artigos,
teses, etc., permitindo a quem o ler resolver as conveniências ou não de consultar o
texto  completo. O caráter de um resumo depende de seus objetivos. COMO RESUMIR:
É aconselhável, uma primeira leitura, fazer um esboço do texto, tentando captar o plano
geral da obra e seu desenvolvimento.
A seguir volta-se a ler o trabalho para responder as duas questões principais: de que se
trata o texto? O que pretende demonstrar? Com isso identificam-se as idéias centrais
e o propósito do autor.
A última leitura deve ser feita com a finalidade de:
a) Compreensão do sentido de cada parte importante;
b) Anotação das palavras chave;
c) Verificação do tipo de relação entre as partes.
Uma vez compreendido o texto, selecionadas as palavras-chaves e entendida a relação
entre as partes essenciais, pode-se passar a elaboração do resumo.
TIPOS DE RESUMO
Dependendo do caráter do trabalho que pretende realizar, o resumo pode ser:
a) Indicativo ou descritivo – Quando faz referência às partes mais importantes do
texto. Utiliza frases curtas, cada uma correspondendo a um elemento
importante da obra. Não é simples enumeração do sumário ou índice do
trabalho. Não dispensa a leitura do texto completo, pois apenas descreve sua
natureza, forma e propósito.
b) Informativo ou analítico – Quando contém todas as informações principais
apresentadas no texto e permite dispensar a leitura deste último; portanto, é
mais amplo do que indicativo. Tem a finalidade de informar o conteúdo e as
principais idéias do autor, salientando os objetivos e o assunto, os métodos e as
técnicas; os resultados e as conclusões.
Sendo uma apresentação  do texto, esse tipo de resumo não deve conter
comentários pessoais ou de quem fez o resumo; quando cita as do autor, cita-as
entre aspas.Da mesma forma que na redação das fichas, procura-se evitar
expressões tais como: o autor disse, segundo o autor, ou sendo ele a seguir, este
livro, ou sejam todas as palavras supérfluas. Deve-se dar preferência à forma
impessoal

Crítico – Quando se formula um julgamento sobre o trabalho. É a crítica da forma,
no que se refere  aos aspectos metodológicos; do conteúdo; do desenvolvimento da
lógica  da demonstração, da técnica de apresentação das idéias  principais. No
resumo crítico não pode haver citações.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
Deve-se observar a estrutura de todo trabalho científico:
a) Introdução – formulação clara e simples do tema, sua delimitação, importância,
caráter, justificativa, metodologia empregada e apresentação sintética da
questão. b) Desenvolvimento – formulação lógica do trabalho, cuja finalidade é expor e
demonstrar suas principais idéias. Apresenta 3 fases:
• Explicação: apresentar o sentido do tema, analisar e compreender, procurar
suprimir o ambíguo ou obscuro.
• Discussão: é o exame, a argumentação e a explicação do tema.
• Demonstração: é a dedução lógica do trabalho, implicando o exercício do
raciocínio.
c) Conclusão – consiste no resumo completo, mas sistematizado, da
argumentação.
Desenvolvida na parte anterior. Devem constar da conclusão a relação existente
entre as diferentes partes da argumentação e a união de idéias e ainda a síntese
de toda reflexão.

IDENTIFICAÇÃO
É a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo.
O primeiro passo seria a procura de catálogos onde se encontram as relações
das obras.
O segundo passo, tendo em mãos os livros ou periódicos, seria o levantamento
pelo sumário, dos assuntos abordados.
LOCALIZAÇÃO
Tendo realizado o levantamento bibliográfico, com identificação das obras, passase à localização das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliotecas públicas e
particulares.
COPILAÇÃO
É a reunião sistemática do material contido em livros, revistas, etc. Esse material
pode ser obtido por meio de fotocópias xerox ou microfilmes.
FICHAMENTO
À medida que o pesquisador tem em mãos as fontes de referência, deve transcrever
dos dados em fichas, com o máximo de exatidão.
A ficha permite a ordenação do assunto, ocupa pouco espaço, possibilita ainda uma
sensação constante da documentação e de seu ordenado.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
A primeira fase da análise e da interpretação é a crítica do material bibliográfico.
Divide-se em crítica interna e externa.
Crítica externa é a feita sobre o significado, a importância e o valor histórico de um Documento, considerando em si mesmo e em função do trabalho que está sendo elaborado.
Abrange:
a) Crítica do texto:
Averiguar se o texto sofreu alterações ao longo do tempo e se estas alterações
foram autorizadas e realizadas pelo autor.
b) Crítica da proveniência:
Investiga a origem do texto e as idéias anteriores e posteriores do autor.
c) Crítica da autenticidade:
Determinar o autor, o tema, o lugar e as circunstâncias da composição.
A crítica interna é aquela que aprecia o sentido e o valor do conteúdo.
Compreende:
a) Crítica de interpretação
Averiguar o sentido exato que o autor quis exprimir.
b) Crítica do valor interno do conteúdo:
Aprecia a obra e forma um juízo sobre a autoridade  do autor e o valor que
representa o trabalho e as idéias nele contidas.
.
A redação da pesquisa bibliográfica varia de acordo com o tipo de trabalho cientifico
que se deseja apresentar, pode ser uma monografia, uma dissertação ou uma tese. Na última
unidade deste curso estudaremos  detalhadamente as  técnicas e normas dos trabalhos
científicos.
RESENHA CRÍTICA
• Conceito – é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo,
crítica e formulação de conceito de valor do livro.
• Finalidade – apresentação de uma síntese das idéias fundamentais da obra.
• Requisitos básicos – conhecimento completo da obra
-capacidade de formular juízo de valor
- fidelidade ao pensamento do autor
• Estrutura da Resenha
a) Referência bibliográfica (ABNT)
b) Credenciais do autor-nacionalidade, formação acadêmica, obras, etc.
c) Digesto
• Resumo das principais idéias expressas pelo autor;
• Descrição sintética do conteúdo dos capítulos ou partes em que se
divide a obra.
d) Conclusões do autor
e) Crítica do resenhista
• Julgamento da obra – Coerência entre a posição central e a explicação, discussão e
demonstração. Adequado emprego dos métodos e técnicas específicos.
  Mérito da obra – Originalidade e contribuição para a ciência.
  Estilo empregado – Conciso, objetivo, simples, claro, etc. FICHAS
Criado no século XVII por Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciência, o
sistema de ficha é atualmente utilizado nas mais diversas situações.
CONTEÚDO DAS FICHAS
O conteúdo que constitui o corpo das fichas varia segundo sua finalidade.
Pode ser:
A) Bibliográfica, que se subdivide em:
• Bibliográfica de obra inteira; e
• Bibliográfica de parte de uma obra.
B) Citações
C) Resumo ou de Conteúdo
D) Comentário ou Analítica

TIPOS DE FICHAS
A) Ficha Bibliográfica
• O campo do saber que abordado;
• Os problemas significativos tratados;
• As conclusões alcançadas;
• As contribuições especiais em relação ao assunto do trabalho;
• As fontes dos dados que podem ser: documentos, literatura existente,
estatísticas (documentação indireta de fontes primárias ou secundárias;
documentação direta, com os dados colhidos pelo autor); observação;
entrevista; questionário; formulário, etc.
• Os métodos de abordagem e de procedimento utilizados pelo autor.
• A utilização de recursos ilustrativos, tais como:  tabelas, quadros,
gráficos, mapas, desenho, etc.

B) Ficha de Citações
Citação é a menção no texto de informação extraída  de outra fonte para
esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado.

Devem ser evitadas citações referentes a assuntos amplamente divulgados,
rotineiros ou de domínio público, bem como aqueles  provenientes de
publicações de natureza didática que reproduzem de  forma resumida os
documentos originais, tais como  apostilas e anotações de aula.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas cita que as referências
podem  aparecer em forma de Nota de Rodapé ou de Fim de Texto (citação), como também
ao final de cada capítulo, com  numeração exclusiva por capítulo. a) Direta ou literal
••• Citação com até 3 linhas
EXEMPLO: Formular um problema para pesquisa é a base de todo
estudo cientifico. Para GONDIM(1999:18)  o  componente mais
importante e mais difícil do projeto é a  formulação da pergunta de
partida”
• Citação longa com mais de cinco linhas – quando a citação
ultrapassar a 3 linhas deve ser destacada do texto  e registrada em espaço 1 e com fonte
menor que a do texto ou em itálico.
EXEMPLO: Focalizando no conceito de cultura, encontra-se que etimologicamente:
“O termo provêm do verbo latino colo, colui, colere, traduzido pela idéia
de cuidar, amanhar. O  sufixo cultum  mais  o abstrativo ura foi usado por
Cícero, em Roma, para traduzir o  amanho da terra;  terra cuidada , terra
preparada. Com a evolução semântica esta palavra obtêm outros significados
tais como habitar, praticar, entreter. Ainda no latim clássico, utilizar por
Tito.”
• Ressaltar os aspectos que confirmem ou modifiquem  de modo
significativo as teorias estabelecidas, apresentando as novas perspectivas para continuidade
da pesquisa.

Nem todos os trabalhos  requerem uma seção ou capítulo dedicado à revisão de
literatura. Há casos em que os autores preferem incorporá-la à introdução, principalmente
se a revisão for breve. Assim como nem todos os trabalhos requerem uma seção específica
dedicada a metodologia (material e método ou causuística e métodos), podendo a mesma
constar também da introdução.
Conclusão
É a recapitulação sintética dos resultados e da discussão do estudo ou pesquisa.
Pode apresentar deduções lógicas e correspondentes aos objetivos propostos, ressaltando o
Alcance e as conseqüências de suas contribuições, bem como seu possível mérito. Pode
conter a indicação de problemas dignos de novos estudos, além de recomendações, quando
for o caso. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.
ELEMENTOS PÓS –TEXTUAIS
É a terceira fase da estrutura redacional do trabalho cientifico, correspondente a:
  Bibliografia.
  Glossário.
  Apêndice.                      Anexos.
Citação de citação
Quando se deseja citar a idéia de alguém que já foi citado por outro autor deve-se
citar o último sobrenome do autor do trabalho seguido de uma das expressões: e indicar o
último sobrenome do autor pesquisado.
EXEMPLO: Segundo SCHEIN apud FREITAS a cultura “é apreendida através de
dois mecanismos interativos: redução da dor e ansiedade (modelo de trauma social) e
reforço/recompensa positiva (modelo de sucesso)”. (FREITAS,1991:140)
Obs.: o autor da obra é Freitas foi quem citou Schein.
EXEMPLO: Segundo DOLL Jr. Citado por MACIEL (1986:77) “competência é
essencialmente o estado de ser capaz”.
OBS: O AUTOR DA OBRA É Maciel, foi quem citou Doll.
Indireta, paráfrase ou livre
É aquela em que se reproduzem as idéias ou informações de um documento ou fonte
sem transcrever as  próprias palavras do autor ou autores.
EXEMPLO: Como a pesquisa-ação pretende-se alcançar realizações, ações
efetivas, transformações ou mudanças no campo social (HAGUETE, 1993; THIOLENT,
1986; EZPELETA, 1984).
A fonte deve ser identificada, com as seguintes informações:
- sobrenome do autor;
- ano de publicação da obra;
- número(s) da(s) pagina(s) citada(s).
EXEMPLO:
Para Kerlinger (1966, p. 28)”... é difícil conceber a ciência moderna com toda sua
fertilidade rigorosa e disciplinada, sem o poder orientador de  hipóteses”
Segue o modelo americano, por ainda não ter sido regulamentada pela ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Sobrenome do autor:
• Quando não consta do texto, deve vir entre parênteses.
EXEMPLO: Para Ruiz (1979: 86), “o conhecimento...”
  Quando o autor citado pertence o capítulo ou partes da obra de onde se retirou a
citação, mas o autor (ou organizador) do livro é outro, deve-se usar a partícula In,
seguida de dois pontos. In (em, junto a)..
EXEMPLO: (Abramo In Hirano, 1979 : 22). Ou:(In: Hirano, 1979:22).
Obs.: na Bibliografia aparece a obra de Abramo e a de Hirano.                  • Quando a citação desejada refere-se às idéias de um autor citado por outro,
emprega-se  o termo Apud (citado por ou foi quem citou).
EXEMPLO: (Popper Apud Hegenberg, 1979:38).

• Quando são quatro ou mais autores, cita-se o sobrenome do primeiro, seguido
da expressão abreviada “et al” (et alli= e outros).
EXEMPLO: (Souza et al., 1976:14).
Ano de publicação da obra:
EXEMPLO: (Bunge, 1976:27) e (Bunge, 1980:64).
Número(s) da(s) página(s).
EXEMPLO:
• Salvador, 1980:59-60- citação de duas ou mais páginas consecutivas separadas por hífen.
  (Salvador, 1980:14 e 26) citação de duas páginas  não consecutivas, separadas pela
partícula “e”
• Uso de reticências
“...Na casa onde morava aquele pescador,(...) faltavam as condições necessárias para que
se realizasse a sua missão...”. (MACEDO, 1938:33).
• Uso do grifo
“ O papel estratégico da comunicação é auxiliar internamente, motivando  os empregados a
uma  ação produtiva e,  ajudando  POSICIONAR  empresa junto a públicos externos”. (o
grifo é nosso ou grifo meu).
Observações:
- usam-se reticências quando não se quer transcrever o texto completo;
- para indicar  a omissão de trechos inclusos na passagem citada, mas que não
interessam à transcrição, usa-se reticências entre  parênteses (...);
Expressões Latinas:
EXPRESSÃO LATINA                    ABREVIATURA                   SIGNIFICADO
Idem                                        Id                                            do mesmo autor
Ibidem                          Ibid.                               na mesma obra  .
.          Opere citado                            Op.cit                                      na obra citada
Loco citado                             Lc.cit                                       no lugar citado
Opere laudato                          Op.laud.                                  na obra citada
Apud                                        ---------                                   está contido
Sic                                           ---------                                    Junto a, em
In                                             --------                                     está contido
Et alli                                        Et al.                                      e outros
Sine loco                                  (s.l.)                                        sem local                    NOTAS DE RODAPÉ
As notas de rodapé são as que aparecem ao pé das páginas onde são indicadas.
Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarrega-la.
Podem ser:

Notas de conteúdo -  evitam explicações longas dentro do texto, que são
prejudiciais á linha de argumentação. Podem incluir uma ou mais referências, que
são usadas para esclarecimentos e para referências cruzadas.
Notas de referência – indicam as fontes consultadas ou remetem a outras
partes da obra em que o assunto foi abordado e são  usadas para citação de
autoridade e para citação de citação.
Na utilização de notas de rodapé deve-se observar o seguinte:
a) A numeração das noras é seqüencial e em algarismos arábicos, dentro de cada
seção ou ao longo do documento.
b) O número apresentado sobrescrito ou entre parênteses ou colchetes, no texto e
no inicio da nota.
c) O indicativo numérico é separado do texto da nota por um espaço.
d) A nota é escrita com letra e entrelinhamento menores que o texto.
e) A primeira linha da nota inicia na margem de parágrafo e as linhas seguintes
iniciam na margem esquerda do texto.
f) O texto deve ser separado das notas de rodapé por uma linha em branco.
g) Alíneas e incisos em rodapé são colocados em seqüência e separados por ponto
e virgula.
h) O texto em rodapé começa e termina na página em que a nota foi inserida, sendo
que a última linha da nota deve coincidir com a margem inferior da página.
i) No texto, o número deve ficar após o sinal de pontuação que encerra uma
citação direta, ou após o termo a que se refere, mesmo que depois haja sinal de
pontuação.
Localização das Notas de Rodapé
As notas de rodapé devem constar, sempre, da mesma página em que foi
feita a chamada. Essa chamada pode ser indicada por asterisco ou números arábicos
seqüenciais. Os asteriscos, no entanto, devem ser utilizados somente quando o número
de chamadas, na mesma página, não ultrapassar a três.
A critério do pesquisador essa seqüência numérica pode ser recomeçada a
cada página ou capítulo ou obedecer a uma numeração contínua até o final do
texto, onde são reunidas. A opção mais recomendável é a numeração por
capítulos e, no caso de obras menos extensas, a contínua.
Assim, as notas de rodapé podem aparecer:
• em rodapé;
• ao final de capítulo ou seção;
• ao final do texto.                  Tipos de Notas de Rodapé
a) Bibliográficas
b) Explicativas
Bibliográficas – Quando indicam a fonte da citação, ou seja, quando
apontam o documento do qual foi extraída a citação.
Explicativas - Quando são usadas a título de esclarecimento ou comentário,
em adição ao texto.
Quando e como utilizar Notas de Rodapé
As notas de rodapé são utilizadas com maior ou menor freqüência,
dependendo da natureza do trabalho que se elabora.  Quando utilizadas com critério são
importantes e têm por finalidade:
a) Indicar a fonte de uma citação, ou seja, um livro de onde se extraiu uma
frase ou do qual de utilizou uma idéia ou informação.
b) Fornecer a tradução de uma citação que era essencial transcrever em língua
estrangeira ou, o inverso, apontar a versão original de uma citação que, para
maior fluência no discurso, foi feita em tradução.
c) Ampliar as informações feitas no texto, ou seja, fazer observações
pertinentes, comentários adicionais, explanações complementares que,
apesar de úteis, não foi possível incluir no corpo do texto.
Cabe lembrar, também, que a nota de rodapé não deve ser excessivamente longa para não
desviar o leitor de idéia central do discurso.

d)  Remeter o leitor a outras partes do trabalho, outras obras ou  autores
relacionados com o tema apresentado. Para remetermos  o leitor a um outro
capítulo ou parágrafo de nosso próprio trabalho, colocamos em nota  “cf” (quer
dizer “confrontar”).
e)   Introduzir uma citação de reforço que, caso colocada no próprio texto,
atrapalharia a leitura, quebrando a seqüência lógica do raciocínio que está sendo
desenvolvido.
f) Indicar dados obtidos por meio de canais informais  como, por exemplo,
comunicações pessoais, anotações de aulas, conferências e correspondência
pessoal.
g) Indicar trabalhos apresentados em eventos, mas não publicados.
h) Indicar documentos não consultados diretamente, ou  seja, o autor do trabalho
teve acesso ao comentário citado no texto através de uma fonte secundária e não
da obra de que, originalmente, a citação faz parte.Regras Gerais para a Apresentação de Notas de Rodapé
a) Como indicar a nota de rodapé
Colocadas ao pé da página, as notas são  escritas em espaço simples de
entrelinhas, separadas do corpo do texto por um traço horizontal contínuo de 5
cm.,aproximadamente, iniciado na margem esquerda. Cada nota deve ser iniciada
numa nova linha.
b) Recomendações relativas à indicação de notas de citações bibliográficas.
Quando uma obra for citada pela primeira vez em nota, sua referência deverá
conter apenas os elementos essenciais ao tipo de publicação em questão (autor,
livro, periódico ou outros) considerados suficientes para a identificação da
passagem citada no texto.
   Publicações monográficas

Neste caso deverá constar da nota de rodapé apenas o nome do autor (na ordem
direta), o título da obra, o ano e o(s) número(s) da(s) página(s) de onde foi extraída a
citação.
Os demais dados da publicação (edição, revisão, volume, cidade, editora, e outros)
deverão constar apenas na lista de referências bibliográficas.
EXEMPLO:
Para ROGERS, o fenômeno ocorre tanto na terapia psicanalítica quanto na terapia
centrada no paciente. A diferença é que nesta última, a “relação de transferência, implícita,
persistente e dependente não tende a desenvolver-se”.
BIBLIOGRAFIA FINAL
A bibliografia final tem como finalidade fornecer um conjunto de indicações
precisas que permitam ao leitor identificar todas fontes bibliográficas para elaboração da
obra.
Orientação Básica
a) Os elementos essenciais de uma bibliografia são: autor, título, subtítulo,
imprensa (edição, local, editora, data).
b) A bibliografia é apresentada preferencialmente em  ordem alfabética
ascendente (sobrenome do autor). Podem também ter uma ordenação
cronológica e sistemática (por assunto).
c) A bibliografia deve ser digitada usando espaço simples entre as linhas e
espaço duplo para separa-las.
d) Usa-se letra MAIÚSCULA (caixa alta) para sobrenome  do autor, pessoa
física, entidades coletivas, títulos de eventos entre outro. e) No caso de sobrenomes compostos ou que indicam parentesco, esses devem
ser registrados em letra MAIÚSCULA, iniciando a referência bibliográfica.
EXEMPLO: CRETELA JÚNIOR, José, Trujiello Ferrari, Afonso.
f) Os títulos das obras e periódicos (revistas, jornais) devem ser grifados,
negrito ou itálico.
g) No caso de REPETIÇÃO DE AUTORES utiliza-se um traço(correspondente
a seis espaços) e um ponto.
h) Alguns aspectos associados à pontuação.
PONTO (.) – utilizado após nome do autor/ autores, título, edição e no final
da referência.
DOIS PONTOS (:) – usado antes do subtítulo antes da editora e depois do
termo In.
VIRGULA (,) – sobrenome dos autores após, editora, após o título da revista,
entre o volume e o número, páginas da revista.
PONTO E VIRGULA (;) – seguido de espaço é empregado para separar os
autores.
HIFEN ( - ) utilizado entre páginas (p. 10-12) e datas se fascículos
seqüenciais (1997-1998)
BARRA TRANSVERSAL ( /) – usada entre números e datas de fascículos
não seqüenciais
PARÊNTESES  (  ) – empregado para indicar série, grau (caso de
monografia, dissertações e teses) e para função responsabilidade na
publicação.
EXEMPLO: SANTOS, Sandra (coord.)
Livros (documentos considerados no todo)
a) Um autor
BARBIERI, José Carlos.  Produção e transferência de tecnologia. São Paulo:
Ática, 1990.
b) Dois ou três autores
BRANDÃO, Antonio Salazar P.: PEREIRA, Lia Valls (orgs)  MERCOSUL –
perspectivas  da integração. 2 ed Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,
1997
GALVÃO, Antonio Filgueira et al.  Condições e importância dos serviços
tecnológicos. São Paulo: SCTDE/FECAP/Unicamp, 1993 (Relatório de
Pesquisa).
SÁ, Elizabeth et al. Manual de  normalização de  trabalhos técnicos, científicos
e  culturais. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.     c) Monografias, Dissertações e teses:
•Monografia
DEBACO, Sandra Andréa. Integração regional e oligopolização. 1996 .  126p.
Monografia (Bacharelado em Economia) Faculdade de Economia, Administração,
Atuaria e Contabilidade, Universidade Federal do Ceará.
• Dissertação e Tese
SANTOS, Sandra Maria. Determinantes de investimento em capacitação
tecnológica nas empresas brasileiras. 1998 222p. Tese (Doutorado em Economia)
Programa de Pós Graduação em Economia (PIMES), Universidade Federal de
Pernambuco.
d) ARTIGOS
• Revistas
ALMEIDA, c.: Monteiro, M. Descrição de duas novas espécies (homoptera).
Revista Brasileira de  Zoologia. Curitiba, V. 9, n ½, p. 55-62, mar/jun. 1992 .

• Jornais
SIMÕES, J. M. Camilo, autor e personagem. O Estado de São Paulo, 26 maio
1990. Cultura v.7, n. 512, p.4-5.
• Anais de Congresso
ALBUQUERQUE, Eduardo da Motta. Sistema Nacional de Inovação no Brasil.
In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 23 1995, Salvador. Anais...
Salvador: ANPEC, 1995. V. 1. P.382-402.
e) Documentos legislativos
• Constituição
BRASIL, Constituição (1998) Constituição da Republica Federativa do Brasil.
LOPES, Mauricio R. (coord). 2 ed São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997
• Leis e Decretos
BRASIL. Decreto-lei n. 2481, de 3 de outubro de 1998. Dispõe sobre o registro
provisório para o estrangeiro em situação ilegal em território nacional. Diário
Oficial da  República  Federativa do Brasil, Brasília, v. 126, n. 190,p. 19291-
19292, 4 out. 1988 Seção 1. f) Documentos eletrônicos

• On-line
EXEMPLO:
MOURA, G.ªC. de M. Citação de referências de documentos eletrônicos.
Disponível em; http:/www.ecológica. com.Br/users/gmoura/refere.html acesso
em 09 out 1996. UNITES STATES. Environmental Protection Agency. Official
of  Pesticides Programs. Assesing health risks from presticides. Disponível em:
http://www.epa.gov/presticides/riskases.htm Acesso em 14 de jun 1999.        A PESQUISA
Pesquisa é o processo de desenvolvimento do método cientifico; seu objetivo é
descobrir respostas mediante o uso de procedimentos científicos. De maneira bem
simples, significa procurar respostas para indagações propostas.
Pesquisar é um conjunto de ações propostas para encontrar a solução de um
problema, que tem por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa realizada
quando se tem um problema e não se têm informações para soluciona-lo.
Portanto, pesquisar significa, de forma simples, procurar respostas para indagações
propostas.
Os procedimentos comuns à pesquisa são:
a) Formulação de questões ou proposição de problemas e levantamento de hipóteses de
trabalho ou solução.
a) Realização de leituras e observações.
c)    Registro e interpretação   das observações e das leituras
.
d)    Elaboração de explicações, conclusões, generalizações e previsões.
As pesquisas podem ser do tipo exploratório, descritivo,
explicativo e participante.

As etapas desses tipos de pesquisa são:
a) Formulação de um problema.
b) Construção de hipóteses.
c) Delineamento metodológico.
d) Operacionalização de conceitos e variáveis.
e) Seleção da amostra ou fonte de  dados.
f) Elaboração de instrumentos de coleta dos dados.
g) Coleta dos dados.
h) Análise e interpretação dos resultados.
i) Redação do trabalho científico.
O PROBLEMA
Um problema é um fato ou fenômeno que ainda  não possui resposta ou
explicações. Sua solução só é possível por meio da pesquisa. A escolha do problema de
pesquisa deve ser a primeira tarefa do pesquisador.         As diretrizes do problema são:
a) O problema deve ser formulado como uma pergunta.
b) Deve ser delimitado de modo claro, preciso e viável.
c) Apresentar, sempre que possível, algumas referências empíricas.
Inclui indagações:
  Por que pesquisar?
  Qual a relevância do problema?
  Quem será o beneficiário do resultado?
HIPÓTESE
A hipótese sugere explicações para o fato estudado e antecipa soluções
para o problema escolhido.
a) A Construção da hipótese é realizada a partir:
  Da observação dos fatos.
  De poder incluir resultado de outras pesquisas.
  Da intuição do pesquisador.
  De constituir-se, em relação  ao pesquisador,  de :
- suas crenças;
- seus valores;
- suas esperanças;
- seus sonhos
b) Características – boas hipóteses têm:
   Clareza conceitual.
    Definição operacional.
    Especificidade.
    Referências empíricas, evitando o uso de julgamentos de valor
(bom, mau, pobre, bonito e outros).
Relacionar-se a uma teoria, quando possível.
DELINEAMENTO
O delineamento metodológico de uma pesquisa inicia-se com a seleção
da fonte de dados. Os dados podem ser fornecidos por pessoas ou “papel”
(documentos).
Uma pesquisa pode ser: bibliográfica, descritiva e experimental. Pesquisa Bibliográfica
Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada em
forma de livros, revistas, teses, publicações avulsas e imprensa escrita.

A pesquisa bibliográfica objetiva colocar o pesquisador em contato
com tudo o que foi escrito sobre determinado assunto, com a finalidade de
colaborar na análise de sua pesquisa.
É importante diferenciar a  pesquisa documental (ou de fontes
primárias, direta) da  pesquisa bibliográfica (ou fontes secundárias,
indireta).
Pesquisa bibliográfica é aquela que se desenvolve tentando explicar um
problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias
publicadas em livros ou obras congêneres, como foi dito anteriormente.
A pesquisa bibliográfica compreende oito fases distintas:
a) escolha do tema
b) elaboração do plano se trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação;
h) redação.
Pesquisa Documental
Utiliza de material sem tratamento analítico  ou interpretativo:
documentos oficiais, cartas, contratos, reportagens veiculadas   a jornais,
Filmes, fotografias, diários, entre outros.
É proveniente dos próprios órgãos, entidades ou empresas,
correspondendo aos documentos de primeira mão, ainda não elaborados,
escritos ou não, mas que podem servir como fonte de informação para a
pesquisa científica. Desenhos, indumentárias, fotografias, registros de
manifestações folclóricas, relatórios técnicos, gravações de entrevistas,
pinturas, objetos de arte, canções, entre outros.
Pesquisa Descritiva
Observa, registra, descreve, analisa e correlaciona fatos ou
fenômenos, sem interferência do pesquisador. Visa descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de
coleta de dados, questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a
forma de levantamento.
A pesquisa descritiva pode assumir a forma de:
a) Estudo Exploratório – visa proporcionar maior familiaridade com o
problema com vistas a torná-lo  explicito ou construir hipóteses.
b) Estudo de Caso – caracteriza-se pelo estudo exaustivo de poucos
objetos, sendo possível com a Pesquisa Exploratória.
Pesquisa Experimental
Quando se determina um objeto de estudo. Seleciona-se as variáveis que
seriam capazes  de  influencia-lo, define-se as formas de controle e
observação dos efeitos que a variável produz.
Em ciências sociais, cujos objetos de estudos são pessoas, grupos ou
instituições as limitações éticas e técnicas reduzem, consideravelmente, o
uso da experimentação.
OBSERVAÇÃO: Procedimento alternativo
EX POST FACTO – (fatos já ocorridos) assemelha-se ao delineamento
experimental, mas exclui o pesquisador do controle do fato. Quando o
experimento se realiza depois dos fatos.
Pesquisa Exploratória:  é toda pesquisa que busca constatar  algo num
organismo ou num fenômeno.
Exemplo: Saber como os peixes respiram.
Pesquisa Intervencional:  O pesquisador não se limita à simples
observação, mas interfere pela exclusão, inclusão ou modificação de um
determinado fator.
Pesquisa Metodológica – Refere-se ao tipo de pesquisa voltada para a
inquirição  de métodos e procedimentos adotados como científicos. “Faz
parte da pesquisa metodológica o estudo de paradigmas, as crises da
ciência, os métodos e as técnicas dominantes da produção científica” (Demo,
1994,p.37).
Pesquisa Observacional
O pesquisador simplesmente observa o paciente, as características da doença
ou transtorno, e sua evolução, sem intervir ou modificar qualquer aspecto
que esteja estudando.
1 Exemplo:
- É arguído, neste artigo, que o requisito mais urgente e necessário à
pesquisa observacional é a criação de categorias  factuais-sensitivas  que
descrevam detalhes das condições humanas e situacionais específicas das
trocas comunicativas. É também arguído que o processo de seleção de itens
simples no fluxo de eventos é regulado por teorias  e interesses dos
observadores. Sem um conjunto preciso de hipóteses, nenhuma categoria
pode ser formulada. Entretanto, as categorias devem ser criadas através de
uma intensa interação com o material observado e novas categorias, que
podem descrever eventos inesperados durante as observações, devem ser
permitidas. Uma vez que os registros em vídeo garantem uma preservação
da situação original, uma nova e profunda abordagem para gerar categorias é
proposta. Tal abordagem abandona o uso restritivo de categorias
predefinidas e defende uma abertura e um processo amplo de trocas com o
material antes que as abstrações e categorias sejam formuladas
Pesquisa Teórica : É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria.
Exemplo: Saber o que é a Neutralidade Científica.
Pesquisa Transversal (seccional, cross sectional)
São estudos em que a exposição ao fator ou causa está presente ao efeito no
mesmo momento ou intervalo de tempo analisado. Aplicam-se às
investigações dos efeitos por causas que são permanentes, ou por fatores
dependentes de características permanentes dos indivíduos, como efeito do
sexo ou cor da pele sobre determinada doença.
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Os estudos transversais descrevem uma situação ou fenômeno em um
momento não definido, apenas representado pela presença de uma doença ou
transtorno, como, por exemplo, um estudo das alterações na cicatrização
cutânea em pessoas portadoras de doenças crônicas,  como o diabetes.
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Assim sendo, não havendo necessidade de saber o tempo de exposição de
uma causa para gerar o efeito, o modelo transversal é utilizado quando a
exposição é relativamente constante no tempo e o efeito (ou doença) é
crônico.
Portanto, esse modelo apresenta-se como uma fotografia ou corte
instantâneo que se faz numa população por meio de uma amostragem,
examinando-se nos integrantes da casuística ou amostra, a presença ou
ausência da exposição e a presença ou ausência do efeito (ou doença).
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Possui como principais vantagens o fato de serem de baixo custo, e por
praticamente não haver perdas de seguimento. Pesquisa metodológica – Refere-se ao tipo de pesquisa voltada para a
inquirição  de métodos e procedimentos adotados como científicos. “Faz
parte da pesquisa metodológica o estudo de paradigmas, as crises da
ciência, os métodos e as técnicas dominantes da produção científica” (Demo,
1994,p.37).
ENSAIO CLÍNICO
Razão
O ensaio clínico aleatório é o tipo de estudo primário que pode determinar
qual a  melhor intervenção (tratamento, prevenção, reabilitação). Quando
produzido de forma planejada possibilita a produção de resultados com
menor possibilidade de vieses.
O que é o ensaio clínico aleatório?
Qualquer forma de  experimento planejado que envolve doentes e é
formulado para determinar o tratamento mais apropriado nos futuros
pacientes com a mesma doença utilizando a  alocação randomizada. A
alocação randomizada evita viéstendenciosidade – na seleção dos
participantes que receberão a intervenção.
Classificação
Os critérios adotados para classificar ao diversos  tipos de ensaios clínicos
aleatório são  vários.
• O que o pesquisador quer avaliar.
• A forma com que ao participantes são submetidos a intervenção.
• O número de participantes.
• A extenção do mascaramento.
• Quando ao momento em que é solicitado o consentimento livre e
esclarecido.
http;//www.evidencias.comp/pc-05.htm
ROTEIRO DE PLANO DE PESQUISA
I      Título da  pesquisa
II     Objeto e Justificativa .
Introdução ao tema.
O Problema da pesquisa (o que será pesquisado; a “pergunta”).
Justificativa (por que escolheu esse problema).                         III    Revisão Bibliográfica
Expor resumidamente as principais idéias já discutidas por outros
autores que trataram do problema, levantando críticas e dúvidas,
quando for o caso. Explicar no que o seu trabalho vai se diferenciar soa
trabalhos já produzidos sobre o problema a ser trabalhado e/ou no que
vai contribuir para o conhecimento do mesmo.
IV      Hipóteses.
Explicar as hipóteses (respostas provisórias baseadas na revisão
bibliográfica) que foram formuladas para estudar o problema.
V        Procedimentos Metodológicos (como verificar as hipóteses).
Identificar como realizar a pesquisa, especificando suas etapas e os
procedimentos que serão adotados em cada uma delas,
Entre os procedimentos, explicar o tipo de pesquisa (estudo setorial,
histórico, de caso entre outros); tipo de dados, período coberto; âmbito
espacial: fontes de informação qualitativa e quantitativa.
VI.    Desenho da Pesquisa.
Apontar, em grandes linhas, o conteúdo que terá o relatório final da
pesquisa indicando também quais os prováveis que constituirão o
relatório.

VII. Bibliografia.
VIII. Cronograma.
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CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo formal e sistemático
de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da
pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de
procedimentos científicos. (GIL, Antonio Carlos Como elaborar projetos de
pesquisa 1999, p. 42).
• Quanto a Forma de abordagem
• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações para classifica-los e
analisa-los. Requer recursos estatísticos.
• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo
objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode  ser traduzido em
números.